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Sábado, 9 de Fevereiro de 2008

Serra da Cabreira - Pé na Rota e Um Par de Botas: juntos!

O destino seria realizar o trilho da Calcedónia, mas como alguns elementos o tinham feito há umas semanas anteriores, alteramos para Canos de Àgua em Viana do Castelo.

Os acontecimentos deste último fim de semana, relativamente à desorientação de alguns caminheiros no Gerês e a referência a neve, fizeram surgir pedidos para voltarmos á ideia inicial e desfrutar de brincadeiras nesse manto branco. Novas opções: trilho da calcedónia ou vale Teixeira a decidir na hora da partida!

 

Na manha de dia 5 de Fevereiro, em pleno dia de Carnaval, algo despertou-me as 6.10h  manha... pois, o telemóvel a lembrar que deveria deixar o calor dos lençóis e ir buscar a minha mana à Feira., mas…desistiu 2h antes! Sendo assim, restava preparar tudo e rumar ao ponto de encontro: 7.45h  atrás do cemitério de Leça do Balio. Como sempre, só iniciamos viagem cerca de 20min após hora marcada, dentro do pequeno mas confortável Clio do Ricardo. A animação começou logo pelo caminho e a indecisão quanto ao destino manteve-se. Por sugestão do Pedro, fomos ao TostUm verificar se ainda lá estariam elementos de Um Par de Botas (UPB). Apesar de chegarmos mais tarde que a hora por eles mencionada, eis que encontramos 3 simpáticos caminheiros. Juntamo-nos a eles e dirigimo-nos a outro ponto de encontro onde mais 2 se juntariam…resultado? Uma verdadeira homeostasia: 5 caminheiros de Pé na Rota + 5 caminheiros de Um Par de Botas. Apresentações feitas, soubemos o nosso objectivo: nenhum dos anteriores, LOL. Partimos rumo a Serra da Cabreira, Pinhal de Turio,  para realizar 2 trilhos homologados, num total de 16km.

Chegados a Casa Florestal, percebemos que iríamos ter como companhia fidedigna chuva e nevoeiro. Ficamos radiantes com tal situação meteorológica, até porque (não) fomos preparados para este tempo!! J  A nossa sorte, é que os UPB foram emprestando alguns elementos que tinham a mais, como luvas e umas polainas para as minhas perninhas. Tudo preparado, fotografia de grupo tirada, começamos a trilhar por uma estrada, acompanhada por coloridos tapetes de folhas que teimavam em abandonar as árvores, que nos conduziu a um bosque onde nos transportou  para mundos de fantasia, pelo contraste de cor que revelava.

Os clicks das máquinas fizeram-se logo ouvir, para registar paisagens divinais que abençoavam os nossos olhos. Continuando o caminho, encontramos a minha perdição: àgua… riachos e cascatas transparentes!

serenidade

 

Como em qualquer instituição académica, também tivemos a nossa praxe: 15min de intenso corta-mato, por subidas e descidas. Claro que uma caminhada sem quedas ou escorregadelas, não seria a mesma. Sendo assim, resolvi estrear-me: um pé numa pegada deixada pelo Ricardo, fez com que a Terra aluísse e eu deslizasse até as silvas me segurarem. Resultado? Ri-me como uma perdida. Mas pelos vistos não bastava, e apesar de alguns caminheiros usarem bastões, a minha perna descobriu um fosso. Fiquei com uma perna enterrada, quase até ao quadril. Mais gargalhadas, que voltaram a ser ouvidas quando a Elisete resolveu atravessar um cruzamento de galhos, onde sempre que tentava soltar-se ficava com outro membro ou casaco ou guarda-chuva ou outra coisa presa…uma verdadeira luta, mas que a Elisete ganhou.

Bem, lá continuamos até que encontramos, perto da Serradela, um conjunto de infraestruturas a ladear uma casa florestal: o nosso repouso para retemperar forças e estômagos. Mas como verdadeiros aventureiros que somos, tivemos de trepar um muro de pedras vasculantes delineado por arame farpado. Propriedade invadida, nada melhor que saborear o almoço, desta vez rapidamente visto o vento insistir em não nos abandonar. Tudo desgostado, restou-nos colocar mochilas ás costas, sentir o frio das roupas molhadas, deixar a propriedade mas por um portão aberto (LOL)  e toca a marchar para o Cabeço da Vaca, o ponto mais alto (959m).

Visto não ser suficiente a chuva que caia e o frio do vento, o nevoeiro intenso e cerrado fez-se presente, envolvendo todo o ambiente num clima de mistério. Pelo caminho fomos passando por hélices de eólicas, que se revelavam mais pelo som do que pela sua opulência disfarçada no nevoeiro. No topo deste cume, encontramos mais uma, cujas hélices mal se viam. Tempo para uma outra fotografia de grupo e para a Elisete destruir definitivamente o guarda-chuva. Depois, foi o regresso: regado de mais chuva transportada pelo vento, com o objectivo de não deixar seca qualquer parte do corpo.

Encontramos os carros pelas 16h, onde, bem antes de nos despirmos, tivemos de posar para a tradicional foto de caloiro com botas/sapatilhas nas mãos, em cima de uma arcaico banco de madeira.

A nova paragem aconteceu já em Monsul, Geraz do Minho, para famintos caminheiros degustarem cozido e bifes às 17h da tarde!!!! Claro que há sempre meninas chiques e saudáveis, que se ficam por um chazinho rodeado de conversas e histórias partilhadas pelos veteranos durante quase 3h. Uma outra tradição foi cumprida: nomear nicks aos caloiros. Sendo assim, para os UPB, os nossos nomes de guerra são: Mimosa (eu), eólica (Elisete), PEdra escrita (PEdro), Tiruliru (Helder) e Turio/Pinhal (Ricardo)

Já em frente à esbelta capela, ultimas conversas proferidas, despedimo-nos com a promessa de na próxima levarmos o bolo de chocolate, outra tradição dos caloiros, com cóco!!!

 

Definitivamente, a caminhada mais puxada e molhada de todas mas sempre terminamos de sorrisos sinceros, satisfeitos e desejosos de mais.

Dados da caminhada:
Distância – 15,5 Km
Cota de inicio – 470m
Cota máxima – 959m

 

publicado por Pé na Rota às 00:51
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